sábado, 10 de abril de 2010

Análise: “Heavy Rain”


Ao colocar as mãos em Heavy Rain, algo me dizia que estava em poder de um possível divisor de águas do mundo dos games, não só por contar com os melhores gráficos já vistos nos consoles até hoje, mas devido a outros fatores, que transformam a produção da Quantic Dream em uma nova interação entre os gamers e tudo aquilo que se chamou até o momento de jogos de videogame.

Você gosta de um bom “film noir”, como o Colecionador de Ossos e Seven – Os Sete Crimes Capitais? Se sim, pode se preparar para uma aventura diferente daquelas de salvar uma princesa ou até mesmo, ser o herói do mundo. A melhor descrição do jogo vem do seu próprio autor, David Cage, que caracterizou o enredo como um contexto baseado no amor paterno.



ENREDO

A história se passa em quatro dias, onde quatro personagens, que são controlados pelo jogador, buscam resolver quebra-cabeças para desvendar os próximos passos do Origami Killer, que costuma deixar na cena do crime o origami de um pássaro.

Heavy Rain se torna instigante, ao ponto de ninguém estar seguro Durante o enredo. Até os personagens controlados por você correm risco de morte. O mais interessante disto tudo é que a história não é interrompida, já que você automaticamente assume o controle de um dos personagens restantes.

As Physical Action Reactions, consideradas uma evolução dos Quicky Time Events presentes na luta, podem afastar os jogadores menos casuais e também aqueles que gostam de uma boa ação. Os movimentos das teclas lembram muito os vistos no jogo Indigo Prophecy e até mesmo é possível fazer comparações com os clássicos Dragon’s Lair e Cyberia. Para quem não conhece o sistema, a ação de luta se baseia no acerto de comandos pedidos pelo computador. Se tiver êxito no acerto da tecla pedida, uma ação positiva será feita pelo seu personagem



A jogabilidade de Heavy Rain pode parecer travada nos primeiros minutos do jogo, mas com o tempo fica fácil se acostumar com os controles. Todos os movimentos de ação do personagem são baseados em direções feitas com o analógico direito, como entrar no carro, sentar, abrir uma porta e até mesmo usar uma bombinha para o controle de asma.

Parte fundamental em um “film noir” o som ambitente faz o gamer se sentir dentro de um filme. Faz com que a pessoas que esteja em frente a tela tenha uma imersão do contexto de Heavy Rain. As dublagens são muito bem feitas, o que torna este quesito praticamente sem defeitos.

Heavy Rain também utiliza uma tecnologia chamada The Casting, que conta com uma captura de movimentos faciais e corporais em tempo real, dando mais vida aos personagens dos jogos, como a dilatação de pupilas e lágrimas. Isto faz com que a parte gráfica tenha uma evolução enorme se o compararmos com os jogos atuais, com efeitos de textura, luz, sombra beirando a perfeição.




Com os eventos primários e secundários, Heavy Rain terá uma duração de campanha que pode variar de oito a 12 horas.

Heavy Rain cria uma nova forma de entretenimento, mesclando características do cinema e dos games, ou seja, as ações do jogador são de extrema importância para os eventos que ocorrem ao longo da história. Este é um dos fatores que torna o jogo obrigatório para todos aqueles que se intitulam gamers.

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